quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Campanhas caras e leis duras estimulam a corrupção no Brasil, diz 'Economist'

A edição desta semana da revista britânica "Economist" traz um artigo em que afirma que os altos custos das campanhas políticas no Brasil, aliados a regras de financiamentos eleitorais “estritas de maneira irrealista”, são a origem de muitos dos escândalos de corrupção no país.

A revista cita o recente caso envolvendo o governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e brinca ao afirmar que “no Brasil, quando dinheiro, política e escândalos se encontram, há geralmente uma câmera em algum lugar para fazer com que qualquer declaração de inocência se esvazie”.

Afirmando que o “Brasil provavelmente não é mais corrupto que países de tamanho e riqueza similares” – com resultados melhores em índices de percepção da corrupção que Índia, China e Rússia -, a Economist ressalta que os escândalos no país costumam ser investigados por uma imprensa “agressiva e competitiva” e instituições fortes como o Ministério Público.

Citando informações da ONG Transparência Brasil, a publicação diz que, embora parte do dinheiro da corrupção seja usada em propinas, a maior quantidade vai para financiamentos de campanhas, cujas regras no Brasil são bastante estritas.

Como exemplo dessas regras duras, a revista cita a cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, depois suspensa pela Justiça.

A Economist também afirma que as campanhas no Brasil são muito caras, devido ao tamanho dos distritos eleitorais e a uma cultura entre empresas de que é necessário fazer doações a políticos de todas as tendências, como forma de ficar bem com o governo.

Para a revista, a visão de que a prisão de Arruda representa um progresso no combate à corrupção é “otimista”. Além disso, a publicação sugere que ele só foi preso por governar o Distrito Federal, que é “pequeno”, e representar um partido, o DEM, “cuja importância está diminuindo”.

“Uma lição mais prática do episódio (Arruda) para os aspirantes a políticos pode ser a de checar vasos, malas e móveis para ver se há câmeras escondidas antes de lidar com grandes maços de dinheiro”, diz a revista.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

NO ATUAL ARREMEDO DE DEMOCRACIA, OS "SEM FORTUNA" NÃO SÃO AO MENOS RECEBIDOS PELOS "DOADORES", O QUE GARANTE OS MANDATOS UNICAMENTE AOS AFORTUNADOS

MECANISMOS CIBERNÉTICOS DE 'FEEDBACK" DEVERÃO REAJUSTAR O SISTEMA ELEITORAL PARA SERVIR AO ELEITOR E NÃO AOS DOADORES E SEUS PREPOSTOS

A CORRUPÇÃO ELEITORAL É UMA ENORME ENDEMIA QUE ASSOLA O PAÍS, CUJA ETIOLOGIA PRINCIPAL É O CONLUIO ENTRE POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS

O SANEAMENTO DA POLÍTICA SÓ OCORRERÁ MEDIANTE O FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA, QUANDO O MANDATO PERTENCERÁ AO ELEITOR E NÃO MAIS AO 'DOADOR"

OS BANQUEIROS, ATRAVÉS DAS "DOAÇÕES" OCULTAS, COMPRAM MANDATOS E OS EMPRESTAM AOS SEUS "LARANJAS", MEDIANTES JUROS ESCORCHANTES E CORREÇÕES MONETÁRIAS

FINANCIAR CAMPANHA POLÍTICA ATRAVÉS DE "DOAÇÃO" OCULTA É UM "NEGÓCIO DA CHINA", E CONFIRMA QUE O SEGREDO É A ALMA DO NEGÓCIO
A DOAÇÃO OCULTA É DEFENDIDA PELOS POLÍTICOS PARA ESCONDEREM DO ELEITOR OS VERDADEIROS DONOS DOS SEUS MANDATOS

A DOAÇÃO OCULTA PROTEJE OS EMPRESÁRIOS TERCEIRIZADORES DE MANDATOS E OS BENEFICIÁRIOS DO NEGÓCIO, NA HORA DO ACERTO DE CONTAS

A CORRUPÇÃO É ENDÊMICA NO PAÍS PORQUE OS POLÍTICOS, PARA SEREM ELEITOS, "VENDEM A ALMA" AOS EMPRESÁRIOS

O FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA POLÍTICA NÃO É INSTITUITO PORQUE OS ATUAIS PARLAMENTARES SAO BENEFICIÁRIOS DO INÍQUO MODELO ATUAL

PARTIDOS POLÍTICOS NÃO FAZEM A REFORMA ELEITORAL E SÃO CONTRA O APERFEIÇOAMENTO DO SISTEMA ELEITORAL

PARTIDOS LUTAM PARA QUE PARLAMENTARES CONTINUEM SENDO "LARANJAS" DE EMPRESÁRIOS

OS PARTIDOS SÃO "'NABOS DO MESMO SACO" COMO CONFIRMA A SEGUINTE NOTÍCIA:


"DEM, PT e PSDB se unem para que TSE derrube regra que proíbe doação oculta



Luana Lourenço
Da Agência Brasil

Os partidos DEM, PT e PSDB se uniram contra a tentativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de pôr fim às chamadas doações ocultas para financiamento de campanhas. A resolução do TSE, que está em consulta pública, pretende impedir a doação de recursos eleitorais que não permitam a identificação dos doadores e dos candidatos beneficiados.

Na ação, encaminhada hoje (4) ao Tribunal, os partidos alegam que a exigência de identificação dos doadores e de que candidatos receberam o dinheiro “é missão ingrata e impossível”.

“A captação de recursos de diversos doadores e os eventuais repasses a diversos donatários não se dá a um só tempo e em quantias coincidentes, de modo a possibilitar dizer qual candidato recebeu especificamente de qual doador”, afirmam na ação.

No documento, DEM, PT e PSDB também pedem mudanças na proposta do TSE de obrigar os partidos a criar uma conta bancária específica para movimentação de recursos de campanhas eleitorais. Pelas regras atuais, os candidatos e os comitês financeiros têm que ter contas para essa finalidade, mas não os partidos.

Para os autores da ação, a mudança contraria a Lei de Eleições ao tornar os partidos políticos “agentes de campanha eleitoral”, obrigados a prestar contas à Justiça Eleitoral.
Na contramão dos grandes partidos, o PSOL encaminhou ao presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, uma manifestação de apoio às propostas. O partido argumenta que a iniciativa poderá “tornar mais transparentes as doações feitas aos candidatos no período eleitoral”.